Muitas flores...

Minha Retrospectiva Literária de 2013

    Ando bem sem criatividade, penso em escrever alguma coisa e logo esqueço sobre, então tive a ideia de comentar sobre os livros que eu li em 2013 e mostrar que eu não esqueci do blog. Rs.

   Comecei o ano lendo o "Rebecca", de Daphne Du Maurier, escrito em 1938, um romance bem clássico e fácil, li a versão em inglês da Macmillan, mas já encontrei na estante de uma biblioteca em português com muito mais páginas. Recomendo para quem gosta de romance clássico e antigo, é uma leitura rápida e nada maçante, encantador pelos cenários e um fato que torna o livro muito mais interessante é: Existe um filme baseado nesse livro produzido por Alfred Hitchcock, de 1940.



   O segundo livro de 2013 que eu li foi "1968: Eles só queriam mudar o mundo", um livro que trata das revoluções, manifestações e política desse ano de marco mundial. Escrito pelos jornalistas Regina Zappa e Ernesto Soto, há entrevistas de pessoas importantes na história desse ano, que ajudam a compor o livro. Para relembrar do que realmente foi 1968 e o quanto é importante e bom ler esse livro: Acontecia a Guerra do Vietnã, jovens do mundo inteiro estavam participando e montando protestos contra valores sociais ultrapassados, repressões, injustiças sociais, guerras e muitas outras coisas, Revolução de Maio de 1968 também foi um fato importante salientado no livro, que gerou uma greve geral na França, também trata muito da luta contra a ditadura militar no Brasil, e uma coisa que me chocou bastante nesse livro foi quando retrataram alguns cenários da China, com a Revolução Cultural Chinesa e algumas cidades devastadas, possuí imagens muito fortes. Indico muito esse livro.



   Agora pularei alguns livros que foram obrigatórios da escola e irei para os da minha preferência mesmo. Cheguei no "Júlia" de Roberto Gomes, foi um livro que eu escolhi pelo simples "Júlia" escrito na capa e o nome do autor.
   Não esperava tanto desse livro, e me surpreendeu tanto, linda história, lindo romance, não há finais felizes, e até se torna triste, porém tem uma história encantadora, Júlia é uma poeta, a sinopse curta de Roberto Gomes mostra muito bem essa história:

"A história de Júlia se passa no Brasil do século XIX: uma mulher fascinante. Um marido rico e mais velho. Um jovem músico sem um tostão. Júlia, mulher que se confessa duas: "uma que sonha, outra que mente". Convencida de que a inteligência é, de todos, o fardo mais pesado para uma mulher. Protagoniza um dos romances mais fortes e belos da literatura brasileira moderna. "

   Indico esse livro para quem gosta de histórias do período colonial do Brasil e para quem gosta de romance, é realmente indicado. O livro tem um grande contexto político, transição do Brasil Imperial para a República. E por incrível que pareça, uma personagem tão moderna é conservadora, já a sua "paixão" não. Esses conflitos tornam o romance mais interessante ainda.



   Um outro livro que li em 2013 e gostei, foi um obrigatório da escola, "Noite Na Taverna", de Álvares de Azevedo, clássico da fase romântica, Mal-do-Século, já explica por si só essa informação, do ano de 1855, é cheio de histórias de amor macabras, morte, bebidas, presenciamos necrofilia, adultério, incesto, canibalismo, infanticídio, fratricídio e muitos outros tipos de assassinatos. É interessante para entender o momento de 1855, mesmo com todas as fantasias. Foi uma leitura rápida e boa.



   Pulando da fase ultra-romântica para um livro divertidíssimo, o primeiro livro das leituras obrigatórias do vestibular que eu li, mudando o tipo do livro da água para o vinho, foi "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, escrito em 1959, uma peça divertida, cheia de "carioquismo". Devorei a peça em dois dias, para saber logo o final. Curta obra e bom passa-tempo, uma leitura leve para um vestibular.



   Pulando uma leitura maçante da escola, vem "Os miseráveis", de Victor Hugo, sou apaixonada pelo filme e me apaixonei mais ainda lendo o livro, que li em um dia, pena que a versão que eu encontrei na biblioteca é a curta, de poucas páginas, a história bem resumida, mas mesmo assim apaixonante.
   Na minha opinião, todas as pessoas do mundo deveriam ler Os Miseráveis, não sei como Victor Hugo conseguiu descrever as diferenças sociais da época dele, e servir até hoje como retrato da nossa sociedade. Fala de abuso, calamidade humana, maldade, pobreza e vários outros itens, e além de tudo trata da Revolução Francesa, que sou muito suspeita a falar porque esse assunto me agrada muito, assisto filmes e documentários dessa época. Esse com toda certeza, é meu clássico preferido! O filme musical faz jus ao livro.

A versão que li:


   E meu último livro de 2013, foi leve, curto e interessante. "Antes que o mundo acabe", de Marcelo Carneiro Da Cunha.  No fundo da prateleira da biblioteca, me surpreendeu, escolhi porque o título e capa pareciam interessantes e por ser curto, últimas semanas de aula, precisava devolver antes das aulas acabarem para a biblioteca. No início eu achei muito juvenil, acostumada a ler outros tipos de livros, mas eu gostei tanto, em dois dias terminei de ler. Para contar a história melhor mostrarei a sinopse:

"Trama que conta a história de um pai que deseja reconstruir a relação com seu filho adolescente, de uma forma inusitada - à distância, através de cartas e fotos, que falam do (seu) mundo. Como pano de fundo para a narrativa ficcional, o autor lança mão de fatos históricos e dados da realidade, abrindo caminho para uma reflexão sobre a globalização."

   Lendo essa sinopse não chama tanta atenção, mas ao ler, a simplicidade da escrita que transfere os pensamentos do adolescente que narra a história, um adolescente maduro, agrada muito. O adolescente começa a ter contato com a fotografia, contato que seu pai influenciou, por ser um fotógrafo somente de áreas de calamidade, desastres naturais, guerras e extrema pobreza, e o livro mostra essas fotos e o comentário do seu fictício pai. Conforme ele vai se interessando mais por essas fotografias, ele vai entendo melhor que o mundo dele é além de Porto Alegre (sim, o autor é gaúcho e a história se passa em Porto Alegre), ele cria um critério de globalização, para deixar as pessoas curiosas, indico que leiam, que é bem interessante, ah, e eu descobri enquanto escrevia esse texto que há um filme baseado nesse livro.



   Bom, espero que gostem e leiam, não foram muitos que comentei aqui, mas se eu comentei é porque significaram alguma coisa para mim, quando leio um bom livro, ele nunca mais sai da minha cabeça, ele muda alguma parte da minha visão, forma ainda mais a minha personalidade e essa reflexão dá uma ótima sensação.

Porto Alegre é Demais...

 Olá... Um dia desses fui fazer turismo em minha própria cidade, em Porto Alegre, é ai que se percebe que mora desde que nasceu e não conhece toda a sua cidade, conhecendo melhor outros lugares do que seu próprio lar. Tirei algumas fotos do passeio, fiz em um ônibus da Linha Turismo.
Música para ilustrar:

Parque Farroupilha.

Parque Farroupilha

Parque Farroupilha.

Theatro São Pedro

Palácio da Justiça

Monumento a Júlio de Castilhos - Praça da Matriz.

Catedral Metropolitana de Porto Alegre - Praça da Matriz.

Biblioteca Pública do Estado Rio Grande do Sul.

Casa de Cultura Mário Quintana

Mercado Público

 Não lembro do nome de todos os lugares... Espero que tenham gostado. Sempre bom fazer turismo, não importa onde. 

Sobre O Momento

 Bom, estava receosa em relação a escrever sobre os manifestos e a política no momento, por vários motivos... Vamos lá:

 Já mudei de opinião 30 vezes nessas semanas de manifestações, cada pessoa com que conversei tem uma opinião a respeito, algumas bem diferentes das outras, outras certas, outras erradas e outras. Me reuni com gente de esquerda, direita, apartidária, anti-partidária e outros.

 Não foi dessa vez que encontrei uma posição política, um partido para confiar, e olha, em um desses dias com o furacão de opiniões acreditei que havia encontrado. Mas as vezes você pode não perceber que está "indo com os outros".

 Na verdade, nessas manifestações já não importa sua posição política, todos querem as mesmas coisas, seus direitos. Direito à educação, direito à saúde, direito à transporte, direito à segurança e muitos outros... São contra projetos estúpidos e sem cabimento.
 Algumas pessoas protestam de maneira pacífica, outras já nem tanto, agem de maneira violenta, já não sabem lidar mais com a violência que os políticos cometem com a sociedade. Só que obviamente que o Manuel da padaria e a Neida da banca de revistas não são responsáveis pela maneira que Renan Calheiros, por exemplo, age. Será Seu Manuel e a Dona Neida que pagará. E não, os ladrões infiltrados em protestos não são manifestantes.
 Conversei com pessoas que dizem achar "inútil" essas manifestações, apenas transtornos, já ouvi me falarem que deveria voltar a Ditadura Militar. Foram muitos absurdos, mas também ouvi pessoas falarem coisas ótimas e inspiradoras, principalmente porque não são só os jovens nessa luta, são adultos e idosos também. Todos resolveram se movimentar, acabar com o absurdo que vivemos, "é tão fácil ir adiante e se esquecer que a coisa toda tá errada"*, finalmente não foi isso que o Brasil fez.

 Agora chegarei no ponto mais polêmico: A polícia. O trabalho da polícia é proteger os cidadães de qualquer transtorno. Mas e ai, houve abuso policial? Na minha visão, sim. Não se deve jogar bombas em gente inocente, atirar balas de borracha em quem está protestando civilizadamente, sem cometer depredações e agressões. Esse não é o papel da polícia. Fora o fato da super-proteção nas empresas de comunicação. 

 Sobre a informação passada na televisão: "Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada."*, são sempre os mesmos comentários, qualquer dia de manifestação, é sempre a mesma manipulação. Por favor não se informe somente pela televisão, expanda seus horizontes, está tudo ai na rede, a história pura. 

 Não consegui comparecer as manifestações, por livre e espontânea ordem dos meus pais. Mas estava lá em espírito, acompanhei todas pela internet, e pelas imagens da TvCom. 

 Sem mais demandas, termino por aqui. Deixem suas opiniões a respeito, adoraria. 

 *= as frases citadas são da música "Toda Forma de Poder" do Engenheiros do Hawaii.

My Yellow Submarine

 Resolvi fazer uma seleção de fotos que tirei enquanto mergulhava em Maragogi. Espero que vocês gostem.

Aperte o play!

 Até o próximo post, se cuidem!

Pensamento Arquivado;

  Paixão é a maior inspiração, estar apaixonada flui; Fácil de fazer qualquer poesia... Paixão é arte;
Passageira ou permanente porém quando passa fica a falta da criatividade, não é fácil reconstruir a mente que se acostuma fácil com tanta inspiração. Os maiores artistas provavelmente fizeram suas melhores obras enquanto estavam apaixonados... É uma pena que muitas vezes paixão passa rápido.

 Perdão por demorar a postar, quando penso em escrever sobre alguma coisa, formulo algumas frases e logo esqueço depois e não acompanho mais o mesmo pensamento. Esse pequeno pensamento estava arquivado nos rascunhos ai resolvi postar da maneira que estava mesmo. O próximo post farei de tudo para escrever algo melhor.

 Música para ilustrar: